COMPRAR PARA SER MAIS FELIZ? A CIÊNCIA RESPONDE
Já é um debate de longa data a influência que o dinheiro pode ou não ter no nosso bem-estar. Nisto, é inevitável perceber que as nossas escolhas financeiras têm um impacto na nossa paz de espírito e contentamento. Todos nós (ou quase) temos um rendimento limitado, e por isso é pertinente descobrir onde podemos retirar maior prazer conforme as nossas possibilidades.
Uma equipa da Cornell University em Nova Iorque estudou como as diferentes formas onde gastamos dinheiro afectam a nossa felicidade.
A conclusão que tiraram é que depois das necessidades básicas estarem cobertas, contas pagas, e algumas poupanças, gastar o restante em experiências novas (em vez de coisas novas), pode fazer de nós pessoas mais felizes.
A crença popular de que os objectos, por durarem mais tempo nos garantem à partida maior satisfação, está equivocada. Isto porque, apesar dos bens materiais serem mais duradouros, vão perdendo o seu “brilho” inicial, proporcionando pouco em termos de prazer prolongado. Assim entramos num ciclo de insatisfação mergulhando facilmente numa espiral de consumismo.
Por sua vez, os bens imateriais como vivências ou momentos trazem-nos um bem-estar mais prolongado. Para além da ideia-chave “nós somos a soma das nossas experiências”, a verdade é que as recordações que vamos criando também vão ganhando mais valor com o tempo, pois é comum termos memória seletiva para a parte boa da experiência. Conforme analisa este estudo, conseguimos muitas vezes esquecer os momentos menos bons em prol dos momentos mais felizes.
Claro que é importante ter e rodearmo-nos de objectos que proporcionem alegria e que nos sejam úteis! Mas também é bom refletir se em vez daquele gadget ou peça de roupa preferimos investir o nosso tempo e dinheiro numa ida ao cinema, num museu, num spa ou até numa aventura!
Então antes de ir às lojas, experimente desviar-se do seu caminho e procurar algo mais memorável.