A PROVA DOS NOVE
O PROBLEMA
Já se viu na situação de querer aliviar alguma parte da sua casa, e quando chega o momento de decidir sobre se gosta ou não de uma peça, bloquear?
É uma sensação frustrante e desmotivante, quando na verdade o processo de libertação devia ser fluido e ritmado.
Esta é uma situação comum, já que podemos ter sentimentos contraditórios em cada objecto com que nos vamos cruzando. Assim, discernir sobre o sentimento que prevalece é o mais importante. Faz-me sentir bem? Traz valor à minha vida? Ou não?
Este tipo de dilemas pode ser mais frequente em peças de roupa, material de leitura ou temas pendentes, ou seja, um pouco por toda a casa.
A SOLUÇÃO
O que acaba por ser uma solução eficaz para este impasse é fazer a prova dos nove.
Por outras palavras, “agora ou nunca”.
Caso tenha dúvidas sobre se usa, se gosta, se lhe fica bem, se vale a pena avançar com o projeto, se tem tempo para ler aquelas revistas…. ponha-se à prova!!
Assim, sugiro que se comprometa com um período de tempo (curto, de preferência) para usar a tal peça ou recomeçar o projeto inacabado. Dê destaque ao objeto e coloque-o à vista durante os dias propostos para se lembrar que existe e está ali para ser usado.
Se, acabando o período, não usou, ou fê-lo mas não lhe deu especial prazer…pergunto: será que vale ter um lugar na sua casa? Será assim tão útil, tão pertinente ou extraordinário?
A grande questão é: se não teve tempo para algo até agora, não estava na sua lista das prioridades. Não o fazia particularmente feliz nem era suficientemente importante. Em que é que o “amanhã” vai ser diferente para que de repente lhe apeteça desfrutar ou dar uso do objecto?
Eu própria coloco as minhas peças à prova constantemente… não tenho a certeza se gosto de uma camisola? Amanhã uso e vejo como me sinto. Uma data de artigos que estão ali à espera de ser lidos? Vou tê-los à mão e se não “tiver tempo” para começar a lê-los no prazo de um mês, então talvez não sejam assim tão interessantes.
Este processo é maravilhoso na medida em que nos estimula a questionar o que nos rodeia e a tomar as decisões que precisamos de tomar, em vez de as adiarmos ou convencer-nos de algo que não é a nossa verdade.