Avançar para o conteúdo

 

MEMÓRIAS DE VERÃO SEM SOUVENIRS

 

É nesta altura do ano que temos mais eventos e experiências diferentes.
O sol e o tempo quente deixam-nos mais relaxados para passear, e há naturalmente um ambiente mais festivo com casamentos, batizados, e outras ocasiões.

São momentos felizes e que queremos de certa maneira prolongar para saborear mais tarde. Assim, é normal querermos levar uma recordação.
Um passeio na praia onde apanhámos lindas conchas. Moedas e notas locais que nos sobram de uma viagem. O convite de um casamento ou a lembrança que dão no fim de um batizado.

Todas estas peças são pequenas, é verdade, mas lembre-se que também se acumulam.
Tal como tudo o resto pesam no seu espaço e – não tendo um lugar designado assim que chegam a casa – acabam perdidas em gavetas e armários.

Então…
Como evitar que uma série de objetos ligados a bons momentos fiquem esquecidos pela casa?

 

 

Antes de mais, lembro que não é nas peças que estão contidas as memórias. Supostamente o que fazem é apenas servir de alavanca às recordações que quer reviver.
Posto isto, evidencio também que o mais provável é que com o passar do tempo já nem se lembre de que praia é a concha, ou que o souvenir do batizado não lhe desperte assim tantas memórias.
Ainda hoje, a melhor forma de ter relembrar algo é através de fotografias que expressam o momento.

E a verdade é que – ainda que às vezes seja difícil de aceitar – não está a dar mais valor à viagem ou à pessoa só por guardar um objeto do dia. Principalmente se esse objeto está escondido ou esquecido algures. Dar valor é falar sobre, é partilhar e é reviver.

A minha sugestão passa por juntar todo esse tipo de recordações numa caixa bonita que apeteça abrir de quando em quando. Assim que chegar a casa com a recordação, associe uma nota sobre a data e o lugar, ou com quem estava no dia.
Quando a caixa estiver cheia, reveja o conteúdo e selecione para fora tudo aquilo que já não lhe signifique tanto (com o tempo, algumas coisas ganham mais valor emocional e outras vão perdendo).
Se para si a peça tem valor estético, aproveite e exponha-a! É a melhor forma de honrar um objeto e de apreciar essas boas memórias.

Mas – antes de trazer algo consigo – lembre-se que é fácil pegar, mas difícil largar. Vai querer esse tipo de dilema mais tarde?
Aproveite o momento e esteja presente! E volte para casa de mãos vazias e coração cheio.