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a dor de libertar

 

Como já foi falado, há inúmeras razões pelas quais guardamos objectos.
Seja por valor sentimental, porque pensamos que ainda os podemos vir a usar, ou porque gastámos bastante dinheiro, torna-se doloroso libertarmo-nos das peças. Literalmente.

É compreensível que assim seja:

Uma equipa na Universidade de Yale recrutou diversas pessoas para uma experiência que envolvia desfazerem-se de coisas, onde teriam que decidir o que ficar e o que ir para o lixo. Os cientistas acompanharam a atividade cerebral e notaram que, ao deitar certas coisas fora, alguns dos participantes tinham ativadas as secções responsáveis pela dor e conflito.
Ou seja, confrontadas com estas decisões, as pessoas sentiam que estavam a fazer algo de “errado”, sentindo assim desconforto e ansiedade.

 

 

O nosso cérebro vê a perda de algo com potencial valor como fonte de dor.
Assim, quanto mais comprometidos estamos emocional ou financeiramente com algum objecto, maior dificuldade temos em “deitar coisas fora”.
Então, o acto de manter as coisas dá-nos uma sensação momentânea de calma e segurança. Mas é uma pequena mentira que contamos a nós mesmos, este conforto de adiar a decisão.

Porque afinal, é essencial conseguirmos perceber o que é realmente importante para nós, separando o que não é tão importante.

A questão é que devemos ter consciência e conseguir lidar com essa fração de dor, lembrando-nos que procuramos um bem maior, que é um espaço tranquilo, seguro, limpo e reflexo do nosso “eu”.
E mais tarde, o stress da libertação passa a amenizar-se, uma vez que a nossa mente já assimilou que é um “mal necessário”, fundamental para o nosso bem-estar.

 

 

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